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À princípio lendo a
sinopse e a foto promocional do filme Detachment você tende a achar que se
trata de mais um filme sobre o eterno conflito entre professores e alunos. E é
um grande equívoco. Exibido na 35ª Mostra Internacional de Cinema e traduzido
como Desapego, o filme aborda a presença da indiferença nas relações humanas.
Trata não apenas da indiferença entre professores, alunos e pais no processo
ensino-aprendizagem, mas da indiferença no campo familiar, profissional... Por
isso quando for assisti-lo pense na frase do dramaturgo Bernard Shaw: "O
maior pecado para com os nossos semelhantes, não é odiá-los, mas sim tratá-los
com indiferença; é a essência da desumanidade".
(...) não vá esperando por um filminho sessão
da tarde sobre professores resgatando seus alunos das profundezas da ignorância
e da brutalidade. O filme está acima desses clichês. É inquietante em seus
diálogos e apresenta alguns pensamentos, como por exemplo: "O pior do trabalho
de um substituto é que nunca ninguém diz obrigado." Assim, quem já deu
aula (não importa para que classes sociais) e já enfrentou a ofensa moral e
física dos alunos e de seus pais, a linguagem de baixo calão e a contínua
ausência dos pais no processo ensino-aprendizagem vai se reconhecer em algum
momento no filme com alguns deles. Não é um filme voltado apenas para
educadores ou para ser discutido naquelas inúteis reuniões pedagógicas que não
levam a nada. O filme deve ser assistido por todos como um ponto de reflexão
sobre a indiferença, o desapego em nossas vidas. (Maria Teresa)
"O maior pecado para com os nossos semelhantes, não é odiá-los, mas sim tratá-los com indiferença; é a essência da desumanidade"
(Bernard Shaw)
Indicação da professora Andréia Baruel
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