Herdeiro da tradição irracionalista, Emil Cioran (1911 – 1995) sugere a impossibilidade de escapar das aflições humanas, visto que não podemos nem afirmar e nem negar a nossa Vontade – a única coisa que restaria, então, seria conviver em um mundo de dor e sem propósito, podendo apenas aceitá-lo ou odiá-lo.
Enfatizando o instinto em detrimento da razão, o filósofo se colocará contra o modo com que é feito o exercício filosófico de seu tempo: um saber artificial e frio, que não toca nas aflições humanas, indiferente ao Homem e apático ao mundo, que suprime pensamentos mais elevados em prol de uma produção fechada em si mesma. MAIS
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