Natal de 1940: o escritor francês,
prisioneiro num campo alemão, compõe um auto para ser representado num
barracão. É a peça de teatro Bariona, ou le Fils du tonnerre (Filhos do Trovão). Nela
se vê um Sartre inédito que por um instante parece comover-se pela afeição
admirada de Maria, o olhar de José e a esperança dos Magos e dos pastores
diante do Deus menino. “Eles uniram as mãos e devem pensar: começou alguma
coisa. E estão enganados...”
Natal de 1940: o escritor francês,
prisioneiro num campo alemão, compõe um auto para ser representado num
barracão. É a peça de teatro Bariona, ou le Fils du tonnerre (Filhos do Trovão). Nela
se vê um Sartre inédito que por um instante parece comover-se pela afeição
admirada de Maria, o olhar de José e a esperança dos Magos e dos pastores
diante do Deus menino. “Eles uniram as mãos e devem pensar: começou alguma
coisa. E estão enganados...”
Sartre afirmava-se ateu.
"... Se eu fosse um pintor eu pintaria Maria nesses momentos.
E José? José, eu não o pintaria. Mostraria apenas uma sombra no fundo do celeiro e dois olhos brilhantes. Pois não sei o que dizer de José, e José não sabe o que dizer de si mesmo. Adora e está feliz por adorar e se sente um pouco em exílio. Creio que sofra sem confessar. Sofre porque vê o quanto a mulher que ama se parece com Deus, o quanto está perto de Deus. Pois Deus estourou como uma bomba na intimidade dessa família. José e Maria estão separados para sempre por esse incêndio de luz. E toda a vida de José, imagino, será para aprender a aceitar.” Jean-Paul Sartre
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BOAS FESTAS E UM ANO NOVO CHEIO DE
DESAFIOS E CONQUISTAS
PCNP: História e Filosofia