segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

FILOSOFIA


Os filósofos pré-socráticos fazem parte do primeiro período da filosofia grega. Eles desenvolveram suas teorias do século VII ao V a.C., e recebem esse nome pois são os filósofos que antecederam Sócrates.
Esses pensadores buscavam nos elementos natureza as respostas sobre a origem do ser e do mundo. Focando principalmente nos aspectos da natureza, eram chamados de “filósofos da physis” ou "filósofos da natureza".
Os filósofos pré-socráticos abandonaram a ideia em base dos mitos (cosmogênese) e construíram a cosmologia, explicação do universo baseado no lógos ("argumentação", "lógica", "razão"). Os deuses deram lugar à natureza na compreensão sobre a origem das coisas.
A filosofia nascida com esses primeiros filósofos deu origem a toda uma produção de conhecimento e de representação da realidade. Toda essa construção serviu como base para o desenvolvimento da cultura ocidental. 
Segundo o foco e o local de desenvolvimento da filosofia, o período pré-socrático está dividido em Escolas ou Correntes de pensamento, a saber: 
Escola Jônica: desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia), seus principais representantes são: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso. 
Escola Pitagórica: também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália, e recebe esse nome visto que seu principal representante foi Pitágoras de Samos. 
Escola Eleática: desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes: Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia. 
Escola Atomista: também chamada de “Atomismo”, foi desenvolvida na região da Trácia, sendo seus principais representantes: Demócrito de Abdera e Leucipo de Abdera.




A filosofia ocidental tem seu divisor de águas ainda na antiguidade quando vimos o surgimento dos filósofos socráticos.
Estes PENSADORES surgem a partir do contraponto aos Sofistas que surgiram no auge de Atenas em sua evolução política que culminou na democracia. Em tempo em que as ideias e propostas políticas eram discutidas em praça pública(Ágora). Muitos dos sofistas eram contratados para falarem em representação dos cidadãos pertencentes em sua maior parte aos eupátridas. Os sofistas ficaram conhecidos como dententores do saber. Inicialmente buscavam a compreensão racional de todas as coisas de forma plena, desenvolvendo a retórica, para refutar seus adversários através de seus erros ou tentando desconstruir seus argumentos, a base de falácias (argumentos formados por meias-verdades para parecer lógico). Com o tempo os sofistas foram sendo depreciados e conhecidos como manipuladores da verdade ou mercadores do conhecimento. Eis que surge a fígura de Sócrates, que desenvolve através da DIALÉTICA (Diálogo Crítico) suas técnicas de debate filosófico (Ironia e Maiêutica). Sócrates faz suas provocações a partir do homem enquanto ser essencialmente racional e não mais o relativizando pelo ambiente, como aquele detentor de sua própria bagagem intelectual que em uma sede inesgotável de saberes buscava através destes diálogos fazer com que seu adversário se contrapusesse nas próprias opiniões. Sócrates fazia com que refizessem seus próprios conceitos a partir das idéias pré-concebidas e impostas enquanto verdade. Este filósofo não escreveu uma linha, mas ficou famoso nós escritos de seus sucessores. Platão seu exímio discípulo e por sua vez Aristóteles, discípulo de Platão. Estes três formam o trinômio da filosofia clássica que sintetizou e catalisou o exercício da racionalidade humana tomando o próprio indivíduo enquanto produtor de conhecimento.





O helenismo é um período marcante para a História, pois nele temos a fusão da cultura clássica ocidental com elementos da cultura oriental. Essa fase é promovida pela ascensão de Alexandre Magno na extensão do domínio macedônio no século IV a.C .
Compreender tal período é compreender o surgimento das escolas filosóficas que se propuseram a promover em seus ímpetos a tal fusão.
Para isso alguns elementos devem ser entendidos, como o contexto político da época em que as cidades gregas estavam submetidas ao Império Macedônio e suas respectivas autonomias políticas abolidas, para isso vemos que os objetos da filosofia deixa de ser a vida pública e passa mais para vida privada dos indivíduos. Antes os elementos da construção do bem-comum, agora passa a elementar a construção daquilo que nos faz feliz. Essa busca pela felicidade era o que os filósofos helenisticos chamavam de ataraxia.
Na busca da ataraxia tivemos a pluralidade de perspectivas entre os PENSADORES, o que culminou as escolas filosóficas da época, onde aqui destacarmos as quatro relevantes, são elas: O epicurismo, o estoicismo, o cinismo e o ceticismo.
Também se dá destaque ao Neoplatonismo predominantemente na filosofia dos tempos de Roma, todavia percebemos que muito há também da filosofia aristotélica no sentido ético e a influência do sentido de se conhecer no "eu" interior fundamental nas filosofias orientais.
A filosofia helenística é a expansão do pensamento surgido na Grécia antiga não pela predominação, mas também por agregar novos valores tornando-a mais universal em sentido literal da racionalidade.



A filosofia medieval é a predominante na Europa do século V ao XV, tendo a Igreja como principal detentora de todo o conhecimento herdado dos tempos clássicos do decaído Império Romano.
A Igreja Católica enquanto dominadora do conhecimento impera a idéia de que fé era algo natural do espírito e tenta conciliar a razão para legitimar a fé cristã como verdade inquestionável, sendo assim, nascendo os dogmas e doutrinas do cristianismo. Tendo a busca da verdade divina, a filosofia medieval tenta conciliar os princípios racionais do mundo ocidental antigo com a fé cristã.
Muitos filósofos dessa época também faziam parte do clero ou eram religiosos. Nesse momento, os grandes pontos de reflexão para os estudiosos eram: a existência de Deus, a fé e a razão, a imortalidade da alma humana, a salvação, o pecado, a encarnação divina, o livre-arbítrio, dentre outras questões.
Sendo assim, as reflexões desenvolvidas no medievo, ainda que pudessem contemplar os estudos científicos, não podiam se contrapor à verdade divina relatada pela Bíblia.
A filosofia medieval fundamentada no cristianismo prevalece em quatro períodos ou escolas que definiram os parâmetros da racionalidade cristã. São elas:
Filosofia dos Padres Apostólicos; - Fundamentado nas Epístolas de Paulo
Filosofia dos Padres Apologistas;- Apologia a fé cristã, dialogando com os helenisticos que em busca da felicidade, fizeram com que se pregasse a ideia da felicidade em Cristo e a fé cristã como a evolução natural do saber filosófico.
Patrística; Fundamentado nas ideias de Platão em que busca alcançar o mundo inteligível, como o alcance de Deus.
Escolástica. Aqui racionaliza-se com as ideias de Aristóteles, surgindo com a ideia da existência de Deus, espiritualidade divina e imortalidade. Buscar Deus pela Razão.
A filosofia medieval fundamentou muito do Teocentrismo característico de toda a Idade Média e constituiu os pilares da instituição religiosa mais poderosa do mundo, que consolidou tornando o cristianismo e seus alicerces sólidos para a Cultura Ocidental.



Com as mudanças ocorridas nos aspectos sociais, políticos e econômicos a partir do século XII e que levaram ao fim do Feudalismo, o campo do conhecimento também passará por mudanças devido aos tais fatores desta dita transformação entre eras. Estávamos saindo da Idade Média e entrando na Idade Moderna.
Inclusive o termo modernidade é colocado por estes que causaram tais transformações sobretudo no campo intelectual e neste aspecto atingindo demasiados setores do conhecimento.
Muitos atrelam que a Filosofia Moderna surgira a partir das idéias políticas de Nicolau Maquiavel quando este publicou seu manual político na mais famosa de suas obras: O Príncipe.
Mesmo englobando uma literatura do Renascimento Cultural em que o foco do Humanismo do antropocentrismo que buscava romper as concepções impostas pelo Teocentrismo cristão, característico do medievo e visto em nosso texto sobre a filosofia do período. Outro fator interessante a ser analisado é que a invenção da prensa de Gutemberg favoreceu a massificação da produção de livros, o que tornou a leitura acessível, mesmo para aqueles ociosos da nascente burguesia e foi esta nova camada social a grande financiadora do conhecimento da época por esta mesma acessibilidade.
A partir do discurso do francês René Descartes, temos as inovações no empirismo e a Revolução Científica que deu os novos parâmetros para a Filosofia Medieval, culminando no mecanicismo e iluminismo, rompendo a hegemonia intelectual da Igreja.
A partir daqui tivemos os outros pensadores modernos que irão desenvolver a filosofia mais voltada ao homem como causa final de suas realizações a partir do trabalho e que irão constituir os moldes do racionalismo que ainda se vê na atualidade. Desde as concepções geradas pelos Contratualistas, Iluministas Hume, Bacon e Kant a exemplo.



O pensamento contemporâneo é contestado em sua origem no recorte histórico referido, alguns tratam como pós-modernidade outros já inserem como os novos contextos surgidos em meio as Revoluções Liberais que combateram o Antigo Regime e desenvolveram os novos parâmetros sociais,políticos e econômicos com o advento da industrializacão na transição do século 18 para o século 19.
É justamente em meio a estes ensejos e no bojo da sociedade de classes com os avanços da ideologia liberal e burguesa que surgem as novas reflexões.
Note que a chamada "filosofia pós-moderna", ainda que para alguns pensadores seja autônoma, ela foi incorporada a filosofia contemporânea, reunindo os pensadores das últimas décadas.
As máquinas substituem a força humana e a ideia de progresso é disseminada em todas as sociedades do mundo.
Por conseguinte, o século XIX reflete a consolidação desses processos e as convicções ancoradas no progresso tecnocientífico.
Sendo assim o ser humano passa por um processo de nova reflexão perante seu papel e atos na humanidade e este é o grande alvo das reflexões filosóficas que embargam os séculos 19,20 e o atual 21.
Dentro destes destacamos as seguintes correntes referentes aos estudos das ações humanas em detrimento de outras ações humanas, características deste recorte. São elas:
Marxismo, positivismo, Racionalismo, Utilitarismo, Pragmatismo, Cientificismo, Niilismo, Idealismo, Liberdade, Existencialismo, Fenomenologia, Subjetividade, Sistema Hegeliano, Materialismo dialético.



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