sexta-feira, 23 de março de 2018

O místico sem fé: Cioran for dummies


Cansado de ler tantas besteiras sobre o filósofo, apresento um pequeno manual introdutório ao seu pensamento.


Quando se trata de abordar a obra do filósofo franco-romeno Emil Cioran (1911-1995), muitos críticos renunciam a todo o cuidado de que normalmente se valem para julgar o trabalho de autores com quem dividem simpatias políticas, éticas ou estéticas. Para analisar um autor querido, toda prudência é pouca, toda objetividade não basta, todas as nuances são insuficientes. O crítico se dá ao trabalho – ou melhor, entrega-se ao prazer – de ler quase tudo que saiu da pena de seu objeto de estudo e um bom tanto do que foi escrito de positivo (mais) e negativo (menos) sobre ele. Já para se avaliar a obra de Cioran, bastam um ou dois de seus livros mais famosos e um ou dois ensaios contra ele para se fabricar um juízo flexível como os Dez Mandamentos. Armado mais de paixão do que de ciência, o crítico então deposita na mesa da História o seu veredicto e sai confiante de ter adicionado um tijolinho a mais na restauração da Cultura Ocidental. MAIS




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